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Reflexões acerca da emancipação

  • Foto do escritor: José Odincs
    José Odincs
  • 1 de dez. de 2022
  • 2 min de leitura


 

Eu para muitos posso ser uma pessoa considerada retrógrada, alguém que teima em não acompanhar algumas exigências do mundo contemporâneo, mas isso não é algo que me incomode de forma alguma. Tenho me afastado de condicionamentos externos, me basto com os que já me imponho desde sempre e que não são poucos, aliás. Não se alinhar a um sistema, não ser subjugado por uma lógica, incomoda aos que se colocam na perspectiva da servidão voluntária. E fico pensando sobre esta questão às vezes, porque até parece que em todos os períodos da história, uma força age para constranger o não igual, esta força é sempre um não Eu, e podemos vê-la em atuação no outro, pois é o outro que julga e exige padrões sem que este mesmo consiga entender o porquê de suas ações, já que está imerso não em si, mas a uma forma ideal de existência. O interessante é que precisamos nos defrontar com esta força para melhor nos compreendermos, sendo o constrangimento do não Eu o que nos possibilita referenciar nosso percurso. Os que não conseguem referenciar sua vida, caminham a esmo sem destino num mundo caótico, onde suas crenças e metas na verdade não são suas, tendo estes como realização pessoal, estarem enquadrados dentro de algo que seja conveniente não a si e suas expectativas, mas a ideais impostos pela máquina que massacra a todos, maquina que hoje incorpora uma máscara chamada capitalismo. Não acredito que seja necessário viver sem condicionamentos, até mesmo porque estes condicionamentos trazem alento quando não há uma perspetiva que baste a si. Basta perceber o papel que a religião possui nas sociedades por todo globo, ela traz alento e uma grande dose de resignação diante da perversão social que estas sociedades impõem a grandes parcelas de sua população. A questão que me parece importante é perceber que para além do conformismo e da força social que exerce o poder de constrangimento, existe também nessa realidade, o processo de individuação, processo a qual poucos tomam consciência, mas os que conseguem, tornam a si a própria força motriz de superação, força realmente capaz de emancipação, sendo esta a maior das conquistas do ser humano, principalmente hoje em sociedades cada vez mais aplainadoras, que buscam reduzir todos a uma forma de vida diminuída. Mas diante de toda esta problemática sempre nos chega a pergunta capital: quem nesta sociedade consegue realmente se emancipar, será mesmo possível este feito? E realmente espero que em alguma medida seja possível adquirirmos uma forma de vida esclarecida e emancipada, mas deixo aqui a pergunta a cada leitor deste texto.


Texto de José da Mata

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