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Incômodos enraizados na Sociologia

  • maiconrealgalatico
  • 1 de abr. de 2022
  • 3 min de leitura


Sou José Michael, graduando em Sociologia pela UEPB no meu quinto período e abro meu primeiro texto para o (Poíesis em Devir) para trazer um debate em torno da discussão que permeia de forma subjetiva as relações entre a ciência e senso comum, o que é verdadeiro e o que se mostra falso, pois, não costumo trabalhar com a ideia de verdade subjetiva, tampouco com a ideia de que a verdade não é a mesma para todos. Sendo assim, o método de análise se constrói a partir de um viés materialista histórico dialético – a verdadeira ciência – do fenômeno, sem, evidentemente, menosprezar o conhecimento empírico e a pratica cotidiana de cada indivíduo ou coletivo. Trata-se sim, de uma possibilidade de abrir para o debate sobre até que ponto as pessoas podem ou devem opinar sobre questões sociais, sem ao menos ter qualquer base cientifico-sociológica do assunto em questão ou ser professor de formação na área de sociologia.

A dinâmica da sociedade atual nos permite que certas imbricações nas relações sociais estejam mais próximas das pessoas, do que costuma estar outras áreas do conhecimento; muito também porque certas áreas do conhecimento são relegadas à classe trabalhadora, tais como Matemática, Física, Química, Engenharia, Direito, entre outras áreas mais aburguesadas da academia. Diante disso, a Sociologia como estudo da sociedade, tende a, pela sua própria dinâmica e objeto de estudo, ter maior relação com a vida da classe trabalhadora, gerando assim um nível de juízo de causa sobre o fenômeno que permeia nossas vidas. Entretanto, o que se vê cada dia mais, é uma onda de influencers, figuras publicas e as que se dizem politicas sem formação nenhuma na área, dando palpite e opiniões sobre certos fenômenos da vida social, de explicações sociais de fenômenos com uma base teórica e de pesquisa gigantesca por trás, os famosos “tudólogos”.

Neste texto, evidentemente, a intenção é de expor os tudólogos em sociologia, ou seja, os que “entendem” implicações e fenômenos sociais sem ao menos ter formação cientifica e sistemática ou leitura previa sobre o assunto, e que, mais preocupante que isso, menosprezam estudos sociológicos ou analises de pensadores das ciências sociais; também menosprezam metodologias e teorias clássicas e contemporâneas sobre o assunto pelo fato de que, a princípio, a área de sociologia é “fácil”, e não tem o mesmo poder de caracterizar-se como ciência e fincar – para aqueles que, por projeto político e ideológico – as bases da sociologia como ciência seria, tal qual as áreas de exatas.

Dessa forma, se faz necessário um trabalho conjunto de forças de todas as ramificações dos estudos da sociedade, da sociologia à antropologia, passando pela ciência politica e, até mesmo pela filosofia, para que possamos construir uma solidez e um intento ideológico nas massas que carecem propositalmente do entendimento de que, a sociologia é uma ciência tal qual a engenharia; a sociologia pode construir e dar aportes teóricos e metodológicos para uma analise da sociedade, assim como o oficio de engenheiro da aportes para a construção de um edifício. O texto tem como proposito trazer a reflexão dessas questões para que a sociologia deixe de ser cada vez mais descartada da formação dos jovens, como dos adultos; para que as ideias e o entendimento dos porquês do senso comum, não se sobreponham diante de estudos sistemáticos. Afinal, o estudo da sociedade é o estudo da ciência e as explicações não podem ser simplistas e genéricas, sejam intencionalmente ou não.


Autor: José Michael




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